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domingo, 10 de junho de 2012

Já sentiu aquela "dorzinha do lado" ao correr? Veja aqui o porque e como evitar!!

A FAMOSA DORZINHA "DO LADO"... Quem já não sentiu um dia, ao correr um pouco mais rápido, uma pontada forte bem embaixo das costelas, que às vezes até nos impede de continuar correndo? É aquela dorzinha bem conhecida dos iniciantes em corridas e até mesmo de atletas muito bem treinados (Wanderlei Cordeiro de Lima interrompeu uma prova importante por causa desta dor!) e que cada um costuma chamar por um nome: dor desviada, dor do lado, dor do baço, dor de burro, dor de atleta e tantos outros. O fato é que é uma dor aguda nos flancos abaixo das costelas e que realmente judia de quem corre. Pois esta dor também conhecida como "pontada", uma dor aguda que na realidade pode aparece tanto à direita como à esquerda - a mais frequente - que acontece quase que exclusivamente quando realizamos exercícios na posição ereta e com algum impacto e que obviamente tem uma explicação... Ou quase! Revisando algumas literaturas atuais, tem-se como hipótese mais provável, e a que particularmente eu penso a mais convincente sobre este incômodo, a seguinte:
Anatomicamente possuímos um músculo que separa a cavidade do tórax da cavidade do abdome; que é o DIAFRAGMA. Esse músculo exerce uma função importante durante a respiração movimentando-se para baixo e para cima, aumentando e diminuindo respectivamente o tamanho da cavidade torácica, participando constantemente do ciclo respiratório. Vários órgãos do abdome, como fígado, estômago e o baço (olha ele aqui), estão unidos ao diafragma através de ligamentos (para fixação do órgão na cavidade abdominal), que transmitem ao músculo o balanço destes órgãos durante o ato de correr (atividade que devido aos impactos maiores, deslocam em maior intensidade os órgãos da cavidade abdominal), podendo isto causar uma tensão muscular no diafragma maior que finalmente levaria ao espasmo, causando assim a pontada dolorosa. E como a tensão é sempre maior na área de inserção do músculo (e principalmente do lado esquerdo) que fica próxima ao baço, explicaria a localização mais freqüente da dor. Todo esse mecanismo agravar-se-ia ainda mais quando o atleta assume o padrão de respiração torácica (mais curta e pouco profunda) ao invés do padrão abdominal (mais longa e profunda).

Quais os fatores que contribuem para esta dor?

a) Corridas em declives, normalmente quando se seguem a aclives acentuados;
b) Corridas rápidas e sustentadas (tomadas de tempo);
c) Fraqueza da musculatura da parede do abdome;
d) Falta de treinamento;
e) Tempo frio;
f) Começar a corrida muito rápido;
g) Comer ou beber antes do exercício (pouco tempo antes);

Ah, ok, mas então o que fazer para parar de sentir essa dor, ou melhor, nem chegar a sentí-la?

a) Iniciar gradativamente uma corrida;
b) Respirar profundo e vagarosamente (respirar superficialmente e rápido, só faz piorar);
c) Procure manter um ritmo de respiração apropriado; 
d) Exercer pressão com os dedos sobre o local da dor;
e) Realize a respiração abdominal;
f) Se tudo falhar e a dor aparecer, diminua o ritmo de corrida imediatamente e caso persista, não tem jeito, interrompa a atividade até a dor passar!!

Algumas boas dicas são: 
Treinar adequadamente sua respiração no padrão abdominal; 
Treinar adequadamente a musculatura abdominal (fortalecê-la);
Não exagerar no ritmo de corrida e; 
Evitar refeições fartas imediatamente antes das corridas.



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