"SEJAM BEM-VINDOS - PRATIQUE ESPORTES."

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Gravidez e corrida combinam?

Siga alguns cuidados
Uma vez liberada pelo ginecologista e pelo cardiologista, é preciso seguir alguns cuidados como deixar de lado a performance e focar no bem-estar e na qualidade de vida para ela e o bebê em gestação.
A dentista Maria Teresa Chypriades, 41, mãe pela terceira vez aos 40 anos, correu até dias antes de o caçula Luiz Felipe nascer. O treino foi adequado ao período gestacional por sua treinadora Cristina de Carvalho. Os tiros e treinos longos foram deixados de lado. Após o parto, a paulistana, que nas duas primeiras gestações (aos 31 e 33 anos) não praticou nenhum tipo de exercício, retomou a caminhada leve 20 dias após a cesariana e, dois meses depois, voltou a correr distâncias entre 5 e 10 km. “Em pouco tempo eliminei os 8 kg ganhos.”
Camila Giannella, 29, consultora de marcas, não se sentiu tão confortável quanto Maria Teresa e correu até o sétimo mês, apesar de praticar o esporte há dez anos e preferir distâncias curtas, como 5 e 10 km. O afastamento no sétimo mês ocorreu por conta de uma dor no nervo ciático, muito comum em mulheres grávidas devido à alteração do centro de gravidade e do peso extra na região pélvica: “Substituí a corrida na rua pelo transport [aparelho que simula passos com baixo impacto] e pela musculação na academia”.
Até quando?
“O momento de parar é muito particular. Fique atenta ao seu corpo, aos desconfortos que ele sinaliza”, afirma a treinadora Cristina de Carvalho.
Quando completou 35 anos, Beatriz Rio Branco, corredora desde os 28, planejou a primeira gravidez e, em cinco meses, soube que já gestava Antônio. “Descobri a gravidez quase no segundo mês. E participei da São Silvestre, em 2007, grávida de um mês. Foi umas das minhas melhores provas”, afirma.No entanto, preocupada com o fato de correr sem a liberação médica, procurou imediatamente o ginecologista, fez todos os exames pré-natais e recebeu sinal verde. “O ganho de peso, as articulações e ligamentos mais frouxos e a elevação da frequência cardíaca fizeram com que eu partisse para a caminhada, bicicleta ergométrica e hidroginástica. Camila e Beatriz sentiram os benefícios da atividade física na hora do parto normal e da recuperação pós-parto. O ginecologista Eliezer Berenstein completa: “Observo que mulheres com musculatura e o cardiorrespiratório fortes podem ajudar no parto normal, com mais força e com a mente mais tranquila, da mesma maneira que as que fazem cesarianas têm mais facilidade na recuperação pós-parto.”

Iniciantes, não!!
Correr na gravidez faz bem, mas não são todas as grávidas que podem. Se você nunca correu e, agora que engravidou, quer começar, segure o ímpeto. Espere seu bebê nascer. “Só deve correr quem já praticava o esporte há pelo menos um ano e fez todos os exames pré-natais e cardíacos. É fundamental também o acompanhamento periódico por médicos e nutricionistas, para assegurar que mãe e bebê só terão benefícios, sem riscos”, diz Douglas Gil, professor do curso de Fisiologia do Exercício da Unifesp, especializado em atividade física e terapêutica para gestantes. O ginecologista Eliezer Berenstein, autor do capítulo “Exercício na Gravidez” do livro Exercício como Terapia na Prática Médica, também é a favor da corrida durante a gestação, desde que bem supervisionada. “Mulheres que já treinam podem continuar a correr, mas com intensidade de leve a moderada. Quem tiver predisposição ao aborto ou algum sangramento no primeiro trimestre, além de outras complicações, deve suspender a prática imediatamente”, diz.

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